segunda-feira, 30 de março de 2009

Discografia de Tania Alves: "Bandeira" (1980)

Capa

Contra-capa

Em 1980, Tania Alves lançou seu primeiro disco, batizado de "Bandeira", com direção musical de Manduka, direção de produção de Marcos Maynard e arranjos de Metais e cordas de Célia Vaz.

"Bandeira" traz composições de Chico Buarque, Francis Hime, Manduka, Dominguinhos, Bebeto Alves, além da gravação de "Cabaret Mineiro", de Tavinho Moura/Carlos Drummond de Andrade, do filme homônimo, dirigido por Carlos Alberto Prates Correia. No filme Tania interpretou a dançarina espanhola Avana.

Entre os músicos que participaram do disco estão Francis Hime, Oswaldinho do Acordeon, Manduka, Célia Vaz e Enzo Merino.

"Na temporada de Ópera do Malandro, conheci Chico Buarque e, por intermédio dele, assinei contrato com a Polygram para gravar meu primeiro LP: Bandeira, lançado em 1980. Jamais havia pensando em ter uma carreira fonográfica, mas apaixonada por música como sempre fui (no disco, além de cantar, toco flauta) e casada com Enzo Merino, que era músico, não poderia perder a oportunidade. Embora deva admitir não ter a menor personalidade musical na época. Até então eu cantava com a voz dos meus personagens no teatro ou no cinema e isso, em disco, resultou meio estranho: cada faixa parece ter uma cantora diferente. É um belo trabalho, mas não repercutiu. Bandeira é muito conceitual, um disco de sátira política e muito teatral", revelou Tania no livro 'Tania Maria Bonita Alves', da Coleção Aplauso.


Faixas

Lado A:
01 - Uzifiu (Fernando Ribeiro - Arnaldo Sisson)
02 - Pássara (Francis Hime - Chico Buarque)
03 - É fogo paulista (Sérvulo Augusto - José Chasseraux - Jean P. Garfunkel)
04 - Não meta (Fernando Ribeiro - Arnaldo Sisson)
05 - A grande marcha mundial dos sapatos tristes (Manduka)
06 - Pisando em ovos (Pindonga Macumble) (Enzo Merino - Celso Ribeiro)

Lado B:
01 - As unhas (Dominguinhos - Manduka)
02 - Ah! Essa cidade (Bebeto Alves)
03 - Casinha de sapê (Manduka)
04 - Cabaré Mineiro (Tavinho Moura - Carlos Drummond de Andrade)
05 - Que Bento é o frade (Tavinho Moura - Márcio Borges)
06 - Tem que ser assim (Manduka)



Ficha Técnica

Direção de Produção e Estúdio: Marcos Maynard
Direção Musical: Manduka
Arranjos de Metais e Cordas: Célia Vaz
Técnico de Gravação: Milton Rodrigues
Mixagem: Reinaldo Maziero
Assistentes de Estúdio: Edmilson, Edson, Souza, Geraldo
Capa: Aldo Luiz
Foto: Marisa Alvares de Lima


Músicos que participaram:

Manduka – Guitarra, Violão, Charango, Locutor de Futebol, Coro, Panela D’água
Heraldo do Monte – Violão em “Pássara”
Celso Ribeiro – Violão em “Pisando em Ovos” (Pindonga Macumble)
Elias – Guitarra em “É Fogo Paulista”
Willy Verdaguer – Baixo
Claudio Bertrami – Baixo em “As Unhas”
Lobato – Piano
Eduardo Assad – Piano em “Casinha De Sapé”
Amilson Godoy – Piano em “As Unhas”
Francis Hime – Piano em “Pássara”
Norival – Bateria
William Caran – Bateria em “As Unhas”
Oswaldinho – Acordeon
Azevedo – Trombone Solo
Marcio (Prenda) – Percussão
Enzo Merino – Charango, Zampoña, Coro, Apitos, Vozes de Animais, Viola, Violão
Toniquinho – Percussão em “Que Bento É O Frade”
Percussões Especiais – Oscar Segovia, Mauro Herrero, Oswaldinho da Cuíca e Sua Turma
Odete Carreira – Castanhola
Tania Alves – Moog, Coro, Flauta Doce
Crianças do João Bá – Coro em “Que Bento É O Frade”
Arranjos de Base – Manduka
Arranjo e Regência em “Pisando em Ovos” (Pindonga Macumble): Enzo Merino
Participação Especial de Francis Hime que arranjou e regeu “Pássara”


Críticas: 

"(...) Cantriz com quilometragem em vários musicais montados no Rio nos últimos 4 anos, a carioca Tânia Alves - atualmente no elenco de "Calabar", de Chico/Ruy Guerra, fez na Polygram o seu primeiro lp: "Bandeira" (Philips). Um disco repleto de energia, força e musicalidade, que a coloca num lugar especial, para nossa admiração. Com direção musical de Manduka (também compositor-cantor, filho do poeta Thiago de Mello, um lp já lançado no Brasil pela CBS, 3 feitos no Chile e Paris, em seus anos de exílio), direção de produção de Marcos Maynard e arranjos para metais e cordas de Célia Vaz, a estréia de Tânia Alves não poderia ser melhor. Ela canta forte e Valente, como mostrou ainda há 2 semanas, nas apresentações de "Calabar" no Guaíra, quando sua gravidez de 6 meses não a impediu de uma interpretação excelente de "Bárbara". E o repertório que encontrou para seu elepe se ajusta a sua personalidade, um pouco mal humorada (descontada devido a gravidez) e sensual. Assim três musicas de Manduka, "As Unhas" (parceria com Dominguinhos), "A Grande Marcha Mundial dos Sapatos Tristes" e "Tem Que Ser Assim". Do mineiro Tavinho Moura, duas composições de destaque: "Cabaré Mineiro" (sobre um poema de Carlos Drummond de Andrade) e "Que Bento é O Frade", com toda a força das alterosas. Compositores mais jovens, com os gaúchos Fernando Ribeiro/Arnaldo Sisson ("Uzifiu") e "Não Meta" ou os paulistas Sérvulo Augusto/José Chasseraux-Jean Paul Garfunkel ("É fogo Paulista") ou Bebeto Alves ("Ah! Essa Cidade") também estão ai, para serem ouvidas e saboreadas, na voz diferente, quente, de Tânia Alves". 

Por Aramis Millarch - Estado do Paraná - 12/10/1980






Ouça aqui o disco "Bandeira", de Tania Alves: 



Fontes de Consulta:
* Acervo Site As Cantrizes
* "Tania Maria Bonita Alves" - Fernando Cardoso. Coleção Aplauso - Imprensa Oficial do Estado de São Paulo - 2010.
* Canal Baiana Salvador (YouTube)
* Aramis Millarch - Estado do Paraná - 12/10/1980




Tania Alves Especial - Volume II


Uma segunda parte do "Tania Alves Especial", com cenas e fotos da carreira da atriz e cantora.

Produção: Site As Cantrizes:






Filmografia Tania Alves: "Parahyba Mulher Macho" (1983)


Em 1983 é lançado o filme "Parahyba Mulher Macho", com direção de Tizuka Yamazaki, e produção do CPC (Centro de Produção e Comunicação) em parceria com a Embrafilme. Estrelado por Tania Alves, o filme mostra, com grande realismo, um dos episódios mais turbulentos da história brasileira: o assassinato, em 1930, de João Pessoa, Governador da Paraíba na época. O crime contribuiu para a eclosão da Revolução de 30.


Em meio a este cenário turbulento, brota a paixão entre o advogado João Dantas (Cláudio Marzo), assassino de João Pessoa, e a libertária Anayde Beiriz (Tania Alves). Os amantes enfrentam muitos obstáculos, inclusive suas diferenças ideológicas e sociais.

Anayde Beiriz foi uma das primeiras feministas brasileiras. Formada na Escola Normal, não foi aceita como professora por ser filha de tipógrafo. Por isso, foi trabalhar em uma colônia de pescadores, na praia de Cabedelo, emprego rejeitado pelas moças de família. Naquela época, aos 26 anos, Anayde já se rebelava contra os costumes e preconceitos provincianos da Paraíba. Cortou o cabelo à la garçone (típico das prostitutas), saía sozinha, se maquiava, usava saias curtas e escrevia versos. Seu comportamento livre despertava a indignação da sociedade paraibana.


O filme foi rodado em Recife, Olinda, Gravatá e Itamaracá e teve música assinada por Paulo Moura.

Em 31 de agosto de 1983, o filme teve avant-première no Cinema do Hotel Tambaú, em João Pessoa (PB), com as presenças da cineasta Tizuka Yamazaki, além dos atores Tânia Alves, Cláudio Marzo e Walmor Chagas. Após a sessão foi feito um debate com a diretora, os atores e alguns historiadores, cineastas e representantes do movimento feminista local.


No livro 'Tania Maria Bonita Alves', da Coleção Aplauso, Tania comenta sua participação no filme:  "Foi um grande sucesso de bilheteria. Lembro de passar em frente aos cinemas de Copacabana e ver filas enormes na rua. Ganhei prêmios de Melhor Atriz nos festivais de Cuba e Cartagena. E o filme venceu os festivais de Brasília, Cartagena e Biarritz. Para encontrar a alma da paraibana libertária Anayde Beiriz, pivô involuntário da Revolução de 30, na Paraíba – depois de ver sua honra lavada com sangue pelas mãos do amante João Dantas, assassino do governador João Pessoa –, me inspirei em mulheres como Patrícia Galvão, a Pagu, e Leila Diniz (...) Admiro muito o trabalho da Tizuka. É impressionante vê-la num set de filmagem comandando a equipe. Algumas cenas do Parahyba, com uma multidão de figurantes, foram dirigidas com o filho dela mamando no peito. Era assim: o bebê num braço e o megafone no outro. Acho que essa imagem traduz a força da Tizuka".


Sobre a atuação de Tania, a diretora Tizuka Yamazaki afirmou em entrevista ao jornal O Globo: "A Tânia é fantástica. Canta, dança, tem um rosto muito brasileiro e é extremamente exótica para quem está fora do Brasil. Ela entrou na personagem, viveu-a com muita intensidade. Foi realmente um prazer trabalhar com ela, porque é um gênio!" (O Globo: 27 de Abril de 1983).


Ficha Técnica:

Direção:
Tizuka Yamazaki

Argumento / Roteiro:
José Joffily Filho e Tizuka Yamazaki
(Baseado no livro 'Anayde Beiriz - Paixão e Morte na Revolução de 30', de José Joffily)

Diretor Assistente:
Vítor Lustrosa

Montagem:
Lael Rodrigues

Fotografia / Câmara:
Edgar Moura

Direção de Arte:
Yurika Yamazaki

Música:
Paulo Moura

Cenografia / Figurinos:
Yurika Yamazaki

Edição:
Lael Rodrigues

Elenco:
Tania Alves
Cláudio Marzo
Walmor Chagas
Oswaldo Loureiro
Chico Diaz
Grande Otelo
José Dumont
Arthur Muhlenberg
Alberto Amaral
Luís de Lima
José Mário Austregésilo
Bráulio Tavares


Prêmios:

* Melhor filme (Júri Popular), melhor fotografia, trilha sonora, cenografia e técnico de som - Festival de Brasília - 1983

* Grande Prêmio do Júri no Festival de Cinema Ibero Latino-americano de Biarritz - França - 1983

* Prêmio Especial do Júri, Prêmio Associação dos Críticos de Andaluzia e Prêmio Confederação Cineclubes Espanha - Festival Latino-americano de Huelva - Espanha - 1983

* Melhor direção, melhor atriz e melhor filme no Festival de Cartagena - Colômbia - 1983

* Melhor interpretação feminina no Festival Internacional Novo Cinema Latino-Americano de Havana - Cuba - 1983.


Confira abaixo mais fotos de "Parahyba Mulher Macho" 
(clique nas imagens para ampliá-las):







 


Veja no vídeo abaixo uma cena de Tania Alves  em 'Parahyba Mulher Macho':   





Ouça no vídeo abaixo o áudio de 'Viajar', tema de amor de Anayde Beiriz e João Dantas em 'Parahyba Mulher Macho'. A composição é de Tania Alves e Enzo Merino:

 


* Fotos escaneadas por Leo Ladeira. Acervo Site As Cantrizes.

Fontes de Consulta:
O Globo: 27 de Abril de 1983
Acervo Site As Cantrizes
Site Banco de Conteúdos Culturais


quinta-feira, 26 de março de 2009

Tania Alves Especial - Volume I


O Site "As Cantrizes" homenageia a atriz e cantora Tania Alves com um slide show dos melhores momentos de sua carreira ao som de "Pagã", na voz da própria Tania.






Cronologia - Trabalhos Tania Alves



Tania Alves é uma das cantrizes brasileiras que mais atua nas duas áreas artísticas em que trabalha, participando de peças de teatro, shows, filmes, novelas e especiais de TV, além de gravar Cds e DVDs.

Ao contrário do que muitos pensam, sua carreira não teve início com a minissérie “Lampião e Maria Bonita”, exibida pela TV Globo em 1982. Antes disso, ela já havia trabalhado em vários musicais de teatro e filmes.


Cronologia Tania Alves

Anos 50

12/09/1953:
Nasce Tania Maria Rego Alves no Rio de Janeiro (RJ). Carioca de Copacabana, morava em frente à Rua Prado Júnior, esquina das avenidas Princesa Isabel e Nossa Senhora de Copacabana. Filha do pernambucano Ubirajara Motta Alves e da carioca Yolanda Rego Motta Alves.


Anos 60

1963:
Nascida em uma família de classe média, Tania sempre esteve ligada à música. Seu pai tocava vários instrumentos e gostava de levá-la para saraus e serestas. Com apenas 10 anos, Tania já era formada em acordeom, tão aplicada que podia dar aulas, embora o que mais quisesse da vida era ser bailarina, o que o pai reprovava veementemente. Nesta fase da infância se apresentava em clubes e programas de televisão tocando com os outros alunos da Escola de Acordeon Professor George Brass. Costumava imitar a cantora Brenda Lee cantando 'Jambalaya', tocando e dançando.

Meados Anos 60:
Como o pai de Tania trabalhou em determinada época em uma empresa alemã, ela foi estudar este idioma no Instituto Cultural Brasil Alemanha (atual Instituto Goethe), onde entrou em contato com a música erudita. Teve aulas de canto lírico com as professoras Fátima Alegria e Charlotte Lehmann – foi com elas que começou a desenvolver a voz de soprano - , e fez curso de música barroca, além de participar do coral. No Instituto, ela cantava Liszt, Schumann, Häendel e Bach. Integrou o Grupo Musicantata, juntamente com José Carlos Gondim, Eduardo Rosa, Nazaré Silvério, que também integravam o Coral do Cultural Brasil-Alemanha, sob a direção da soprano Fátima Alegria.
Na UFF, ensaiando com o Grupo Musicantata, Tania conheceu nomes como Imara Reis e Tonico Pereira, com quem trabalharia pouco depois nos espetáculos de Luiz Mendonça.





Logo depois ela ingressaria na Faculdade de Letras, onde chegou a fazer um teste para o espetáculo “As Incelenças”, no teatro amador da faculdade.

A falta de identificação com o conteúdo das matérias e a repressão política da época fizeram com que Tania abandonasse o curso e viajasse para a Bahia, onde se casou com um artista plástico, pai de sua filha, a atriz Gabriela Alves.



Teatro

Ao trabalhar com dublagem, nos anos 70, Tania conheceu a dubladora Ilmara Rodrigues, que a ajudou a conseguir seu primeiro papel, numa peça infantil: “O Rapto das Cebolinhas”. Nesta peça ela conheceu o ator Tonico Pereira e, através dele, chegou ao diretor Luís Mendonça (1931 – 1995). Ele ensaiava naquele momento “As Incelenças”, a mesma peça que Tânia fizera na faculdade.

“Foi com ele que aprendi a mexer os quadris, a soltar a voz, a perder a postura germânica adquirida nas aulas de canto lírico”, contou ela mais tarde em uma entrevista.

Com o grupo de Mendonça, o Chegança, ela viajou o Brasil todo trabalhando ao lado de nomes como Elba Ramalho, Tonico Pereira, Imara Reis e até Madame Satã.

Por sua atuação em “Viva o Cordão Encarnado” e “Lampião no Inferno”, ganhou o Prêmio Governador do Estado, como revelação.

À convite do Grupo Teatro da Cidade de Santo André, Tania atuou em “Mumu, a Vaca Metafísica”, que foi escolhido como o melhor espetáculo do ano em São Paulo.

Em 1979, Tânia foi convidada a integrar o elenco da montagem paulista de “Ópera do Malandro”, de Chico Buarque, no papel de Terezinha (que foi vivida por Marieta Severo no Rio). Sobre sua atuação escreveu o crítico Sábato Magaldi no Jornal da Tarde de 31/10/79: "(...)Tânia Alves - uma das poucas atrizes brasileiras que se recomendam naturalmente para o gênero - valoriza a malícia do papel e canta com bonito timbre..." Já Jefferson del Rios escreveu na Folha de São Paulo em 02/11/79: "Tânia Alves empenha graça e sensualidade no seu papel".

Em 1992, Tania e Pedro Paulo Rangel estrelaram "Detalhes tão Pequenos de Nós Dois", uma comédia romântica escrita e dirigida por Felipe Pinheiro. No espetáculo, Pedro Paulo vivia um ermitão urbano e Tania uma empregada nordestina apaixonada pelo repertório de Roberto Carlos. "Um encontro tragicômico de duas solidões", como definiu o autor à época. A peça marcou a volta de Tania ao teatro após mais de 10 anos. Segundo a crítica de O Globo, Barbara Heliodora, "Em Detalhes tão Pequenos de Nós Dois o mais significativo é sua carga de alegria. Tânia Alves revela-se uma comediante muito agradável".

Em 13 de setembro de 2002, Tania estreou a peça "E Daí, Isadora?", de Eliza Maciel e Paulo Cesar Feital, e direção de Bibi Ferreira. Tania dividiu a cena com Jalusa Barcellos. O espetáculo estreou no Teatro Villa-Lobos, no Rio de Janeiro. A cenografia foi assinada por Cláudio Tovar, a luz por Aurélio de Simone e a direção musical por Paulo Cesar Feital e Wilson Nunes.

Em seguida, ela foi uma das várias atrizes que participaram de "Os Monólogos da Vagina", texto da dramaturga Eve Ensler que estreou em 1996 no circuito off-Broadway de Nova York. A peça foi trazida para o Brasil em 2001 pelos atores e produtores Cássio de Souza e Vera Setta, e ganhou adaptação de Miguel Falabella, que também assinou a direção.

Em 2007, Tania volta aos palcos no musical "Tieta do Agreste" (ver trabalhos recentes).



Cinema

Em 1977, Tania fez sua estreia em cinema, atuando em dois filmes: Em “Morte e Vida Severina”, com direção de Zelito Viana, ela cantou no número “Funeral de um Lavrador” e fez uma das ciganas ao lado de Elba Ramalho, então sua companheira do grupo de teatro de Luiz Mendonça. Em "Emanuelle Tropical", de José Marreco, ela atuou ao lado de Monique Lafond e Selma Egrei.

Em 1980, Tania participou de “Cabaret Mineiro”, com direção de Carlos Alberto Prates Correia. No filme, ela interpretou uma dançarina espanhola (a dançarina espanhola de Montes Claros) e cantou em três cenas. Sua atuação lhe valeu o Prêmio de Atriz Coadjuvante no Festival de Gramado de 1981.

Em 1981, Tania viveu a prostituta Penélope no filme “O Olho Mágico do Amor”, de José Antônio Garcia e Ícaro Martins, e considerado um expoente do cinema paulista de vanguarda dos anos 80.

Em 1983, Tania apareceu nas telas de cinema em nada mais que quatro produções.

Ela voltou a trabalhar em um filme de José Antônio Garcia e Ícaro Martins: “Onda Nova”, ao lado de nomes como Regina Case, Caetano Veloso, Cida Moreira e Carla Camuratti.

Já por sua interpretação da poeta feminista Anayde Beiriz de “Parahyba Mulher Macho”, filme de Tizuka Yamazaki, ganhou vários prêmios, como os de melhor atriz do Festival de Cartagena (Colômbia) e do Festival Internacional Novo Cinema Latino-Americano de Havana (Cuba).

Em "O Mágico e o Delegado", de Fernando Coni Campos, Don Velásquez (Nelson Xavier) e sua partner Paloma (Tania Alves) chegam a uma pequena cidade do interior do Bahia para apresentar um espetáculo de variedades, com números de mágicas e de canto e dança. O filme tem fotografia assinada por Mário Carneiro e música por Nelson Jacobina.

Também em 1983, Tania voltou a viver Maria Bonita no filme “O Cangaceiro Trapalhão”, com Os Trapalhões, e direção de Daniel Filho.

Em 1984, Tania participou da produção italiana "Sole Nudo", de Tonino Cervi.

Em 1998, Tania participa de "A Hora Mágica", filme lançado no Festival de Brasília. Dirigido por Guilherme de Almeida Prado, "A Hora Mágica" é uma adaptação do conto Cambio de Luces, de Julio Cortázar, ambientada no Brasil de 1950. Tania interpreta Lilia Cantarelli, uma cantora da Era do Rádio.



TV

Em 1982, Tania estourou no Brasil todo vivendo a protagonista da minissérie “Lampião e Maria Bonita”, ao lado de Nelson Xavier, José Dumont, Roberto Bonfim, Regina Dourado, e outros nomes.

Depois, ela participou de outras minisséries e especiais, como "Órfãos da Terra", "Bandidos da Falange", "Tenda dos Milagres" e "O Compadre de Ogum".

Em 1985, fez sua estreia em novelas, em "Ti Ti Ti", de Cassiano Gabus Mendes. Na trama, ela interpretou Clotilde, secretária (e amante) de Jacques Léclair (Reginaldo Faria), com quem realizava as mais engraçadas fantasias sexuais.

Em 1990, estreou, na TV Manchete, a novela "Pantanal", um sucesso arrebatador que chegou a abalar o tão alicerçado departamento de dramaturgia da TV Globo. Tania participou da primeira fase de "Pantanal", vivendo a jovem Filó, a empregada apaixonada por Zé Leôncio (Paulo Gorgulho, na primeira fase). Na primeira fase da trama, ela contracenou com Ingra Liberato, Carolina Ferraz, Marcos Caruso, Ewerton de Castro, além de Paulo Gorgulho.

Em 1992, Tania Alves voltou à TV Globo com a novela "Pedra sobre Pedra", de Aguinaldo Silva e direção de Paulo Ubiratan geral de Paulo Ubiratan. Na trama, Tania interpretou Lola, moça que trabalhava no Grêmio Recreativo da cidade de Resplendor e era irmã de Sérgio Cabeleira (Osmar Prado) e a favorita de Murilo Pontes (Lima Duarte). No final da novela, ela teve um romance com o português Ernesto (Carlos Daniel), indo embora com ele para Portugal.

Tânia atuou ainda em novelas como "Mandacaru", "Tocaia Grande", "Brida", "Marcas da Paixão", "O Clone" e "Essas Mulheres".

Também na TV, ela fez participações especiais em Armação Ilimitada, Estúdio A... Gildo, Você Decide e A Grande Família, entre outros.



Trabalhos recentes (A partir de 2005)


Em 2005, Tânia integrou o elenco da nova temporada do espetáculo "Os Monólogos da Vagina" e atuou na novela "Essas Mulheres", da Rede Record.

Em 2007, a atriz participou da minissérie "Amazônia - de Galvez a Chico Mendes", de Glória Perez; e protagoniza o musical "Tieta do Agreste".

Em 2008, Tania volta a atuar no sucesso "Os Monólogos da Vagina".

Em 2009, Tania retoma a temporada de "Tieta do Agreste", apresentando-se em São Paulo e em várias cidades do país.